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Por que Israel está planejando a ofensiva de Rafah e o que isso significaria?

Os militares israelenses já varreram a maior parte de Gaza (Arquivo)

Israel está a planear expandir o seu ataque terrestre à cidade de Rafah, onde mais de 1 milhão de palestinianos procuraram refúgio da ofensiva israelita que devastou grande parte da Faixa de Gaza desde que militantes do Hamas atacaram Israel em 7 de Outubro.

Os ataques aéreos israelenses começaram nos últimos dias a atingir Rafah, que fica no sul da Faixa de Gaza e faz fronteira com a fronteira egípcia.

Por que Israel está planejando uma ofensiva terrestre em Rafah?

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu Rafah como o “último bastião” do Hamas, com quatro batalhões de homens armados, e que Israel não pode atingir seu objetivo de eliminar o grupo enquanto eles permanecerem lá.

Israel tem procurado exterminar o Hamas desde que liderou o ataque de 7 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas e resultou no sequestro de outras 253 em Gaza, de acordo com registros israelenses.

Os militares israelitas já varreram a maior parte de Gaza, numa campanha que matou mais de 28 mil pessoas, segundo as autoridades de saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.

Quantas pessoas estão em Rafah e como estão as condições lá?

A UNRWA, uma agência da ONU que fornece ajuda e serviços essenciais aos palestinos, afirma que há quase 1,5 milhão de pessoas em Rafah, seis vezes a população em comparação com antes de 7 de outubro.

Muitos deles estão acampados nas ruas, em terrenos baldios, na praia e na faixa arenosa do território próximo ao muro da fronteira com o Egito. Outros estão presos em abrigos imundos e superlotados.

Médicos e trabalhadores humanitários estão lutando para fornecer até mesmo ajuda básica e impedir a propagação de doenças. O Conselho Norueguês para os Refugiados chamou-o de “gigantesco campo de refugiados”.

Um médico que recentemente deixou Gaza descreveu Rafah como uma “prisão fechada”, com matéria fecal correndo por ruas tão lotadas que mal há espaço para a passagem dos veículos dos médicos.

Para onde iriam as pessoas deslocadas?

Israel ordenou que os civis fugissem para o sul antes dos ataques anteriores às cidades da Faixa de Gaza, muitos deles indo para Rafah.

O gabinete de Netanyahu disse que ordenou ao exército que desenvolvesse um plano para evacuar Rafah.

Mas as autoridades humanitárias e os governos estrangeiros dizem que não há para onde ir. O Egipto disse que não permitirá que um êxodo de refugiados palestinianos entre no seu território.

Como outros países responderam aos planos?

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse a Netanyahu que Israel não deveria prosseguir com uma operação em Rafah sem um plano para garantir a segurança das pessoas ali abrigadas.

Outros aliados de Israel, incluindo a Grã-Bretanha e a Alemanha, expressaram preocupação com a perspectiva de uma ofensiva em Rafah.

O ministro das Relações Exteriores holandês, Hanke Bruins Slot, disse que era “difícil ver como operações em grande escala em uma área tão densamente povoada não levariam a muitas vítimas civis e a uma catástrofe humanitária maior”, chamando-a de “injustificável”.

O Egito alertou sobre “consequências terríveis”.

Israel diz que toma medidas extensas para proteger os civis, mas é forçado a conduzir operações militares em áreas civis porque o Hamas opera lá.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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